terça-feira, 11 de setembro de 2012

João de Sousa Carvalho


João de Sousa Carvalho, filho de Paulo de Carvalho e de Ana Maria Angelica, nasceu em Estremoz no dia 22 de Fevereiro de 1745. Começou os estudos musicais aos oito anos, no Colégio dos Santos Reis Magos, em Vila Viçosa. Protegido pelo rei D. José I, aos quinze anos é enviado para Itália por este monarca com o objectivo de se aperfeiçoar na arte dos sons. Aí ingressa no Conservatório de Santo Onofre de Capuana, em Nápoles. Terá tido como mestres, Nicollo Porpora, Carlo Cotumacci e Joseph Dol e contacto com músicos como Paisiello, Piccini e Cimarosa, e com as tendências do classicismo europeu.
Regressa a Portugal em 1767, ocupando primeiro o lugar de professor de contraponto e mais tarde, o de mestre de capela no Seminário da Patriarcal, em Lisboa. Aí teve como discípulos António Leal Moreira, Marcos Portugal, João José Baldi, João Domingos Bomtempo e o cantor e compositor italiano Giuseppe Toti.
Em 1778, João de Sousa Carvalho é nomeado professor de Música da Corte e passa a residir no Palácio Velho da Ajuda. Bem remunerado e casado rico em 1783, leva uma vida desafogada que lhe permite comprar propriedades no Alentejo e no Algarve.
A produção musical autenticada de João de Sousa Carvalho distribui-se por três grandes grupos: Música Dramática, Música Sacra e Música Profana não Dramática.
A Música Dramática é constituída por dezasseis obras: cinco óperas, dez serenatas e uma cantata.
A Música Sacra constas de três hinos Te Deum mais duas árias, sete missas, quatro salmos, uma oratória e um motete.
A Música Profana consta de árias, bem como um dueto e uma cavatina, uma modinha e uma sonata.
Protagonista no triunfo da música italiana em Portugal, a linguagem de João de Sousa Carvalho não abdica de um certo gosto genuinamente lusitano. Da sua vasta produção destacam-se as óperas l'Amore Industrioso (1769), Testoride Argonauta (1780), bem como as serenatas Perseo (1779) e Penelope nella partenza da Sparta (1782).
João de Sousa Carvalho terá falecido entre as Quaresmas de 1799 e 1800, provavelmente no Alentejo.
João de Sousa Carvalho foi sem dúvida um dos maiores compositores de toda a história da música portuguesa e um filho ilustre de que a cidade de Estremoz muito justamente se orgulha.
Com a Mostra Filatélica de Homenagem a João de Sousa Carvalho terminou o ciclo das Comemorações do 250º Aniversário do Nascimento do insigne músico, que iniciadas em 1995 se prolongaram até 1996. Estas comemorações da responsabilidade da Câmara Municipal de Estremoz e dinamizadas pelo então vereador do Pelouro da Cultura, José Varge, contaram com o apoio de uma Comissão Executiva da qual a Associação Filatélica Alentejana fez parte.
Com a Mostra Filatélica de Homenagem a João de Sousa Carvalho terminou o ciclo das Comemorações do 250º Aniversário do Nascimento do insigne músico, que iniciadas em 1995 se prolongaram até 1996. Estas comemorações da responsabilidade da Câmara Municipal de Estremoz e dinamizadas pelo então vereador do Pelouro da Cultura, José Varge, contaram com o apoio de uma Comissão Executiva da qual a Associação Filatélica Alentejana fez parte.



Bilhete postal comemorativo dos 250 Anos do Nascimento de João de Sousa Carvalho,
emitido pelos Correios de Portugal, em 27/3/1995. Obliteração comemorativa de
  Estremoz  da Homenagem a Sousa Carvalho, do dia 15/12/1996.
Enviado sob registo pelo Maestro António Vitorino de Almeida a Hernâni Matos.
  Verso do bilhete postal anterior com uma passagem duma composição de
Sousa Carvalho, transcrita pelo punho do maestro António Vitorino de Almeida.

João de Sousa Carvalho (1745-1798):
Stellae in caelis obscurantur

4 comentários:

  1. Muito interessante a vida deste ilustre músico Estremocense, mais um ilustre alentejano que foi além fronteiras mostrar o seu valor. E como sempre o ilustre professor Hernâni não deixou passar em branco, e fez o favor de partilhar com os amigos.
    muito obrigada
    Rosa Casquinha

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  2. Rosa:
    Obrigado pelas suas palavras.
    Um abraço para si.

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  3. Bom dia, Caro Professor e Amigo. Gostei de o ler. Um abraço.

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    1. Amigo Manuel da Mata:
      Bom dia. Como está?
      Obrigado pelo seu comentário.
      Um abraço.

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