terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Pedalar é preciso

Foto recohida no grupo de Facebook “Massa crítica Lisboa”.

A circulação automóvel nas cidades constitui a principal fonte de poluição atmosférica, a qual tem efeitos nocivos na saúde em geral e na saúde respiratória em particular. Para além disso, a poluição atmosférica contribui para o chamado “efeito de estufa”, que se traduz no aquecimento global do planeta. Este tem consequências negativas: - alterações climáticas a nível mundial e a extinção de determinadas espécies de fauna e de flora; - fusão de gelo das calotes polares, que se traduz na subida do nível médio do mar, o qual determinará uma total reconfiguração dos continentes, tal como os conhecemos na actualidade; - aumento da frequência de catástrofes naturais (tufões, furacões, inundações, períodos longos de seca), que afectarão a produção agrícola a nível global, prejudicando o fornecimento de alimentos às populações.
Face ao panorama anterior, a consciência cívica de um número cada vez maior de jovens e adultos, tornou-os eco-militantes, levando-os a adoptar a bicicleta como meio de transporte nas cidades. Para além de ser um veículo amigo do ambiente, a bicicleta permite fugir aos engarrafamentos de trânsito, bem como evitar longas esperas de transportes públicos, assim como ultrapassar a dificuldade e o custo do estacionamento automóvel. De resto, a utilização da bicicleta é benéfica, uma vez que tonifica os músculos e facilita a circulação sanguínea, o que traz vantagens cárdio-respiratórias.
A necessidade de os ciclistas fazerem valer os seus direitos, levou-os a criar a chamada “massa crítica (bicicletada)”. Esta é um evento que assume a forma de um passeio auto-organizado e independente, de periodicidade mensal, no qual um grupo de ciclistas passeia numa determinada cidade. Não se trata de uma prova desportiva, nem de uma manifestação. Trata-se simplesmente de um percurso pela cidade, o qual não carece de qualquer pedido de autorização para se realizar, tal como acontece com os automóveis que se deslocam em fila.
A massa crítica visa: - afirmar o direito dos ciclistas à estrada; - divulgar as vantagens de utilização da bicicleta como meio de transporte vantajoso nas cidades; - alertar para a necessidade de mudanças no espaço urbano para melhor acomodar os ciclistas.
A massa crítica integra não só ciclistas, como skatistaspatinadores e pessoas com veículos de propulsão humana. Em geral, ocorre na última sexta-feira de cada mês, a partir das 18 horas, embora nalgumas localidades ocorram noutro dia e com outro horário.

4 comentários:

  1. Sou fã das Massas Críticas desde o início e fui um dos dois pioneiros em Coimbra. Agora estou em (Vagos) Aveiro, onde também já se realizou mensalmente, mas depois o grupo perdeu a pedalada. Alguns diziam que o dia e hora marcados eram pouco convenientes, e que se fosse ao fim-de-semana atrairia mais participantes. Mas esse não é o espírito de nos metermos no tráfego abundante das sextas-feiras. Cheguei a participar nas massas críticas de Lisboa e Porto, e na Criticona, a 1ª, em Madrid, a massa crítica do estado espanhol que se vai realizando anualmente em diferentes cidades. É caso para dizer, eu pedalo e aconselho! Parabéns por este artigo, mais claro é difícil!

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    1. João Paulo:
      Felicito-o pela sua participação na massa crítica, independentemente do local onde ela tem lugar. O que interessa é o espírito.
      Obrigado pelo seu comentário.
      Um abraço e pedale sempre.

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  2. Curioso, não fazia ideia desta actividade ! Não posso pedalar, mas admiro a ideia posta em prática porque revela um sentido cívico que todos vamos dizendo que não existe... Parabéns ! E muito obrigada ao amigo Hernâni, por nos dar a conhecer mais um aspecto digno de nota! Obrigada
    !m/fernanda

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    1. Fernanda:
      Eu só recentemente é que conheci através da minha filha que participa na massa crítica de Lisboa. Achei quer devia publicitar, visando haver mais aderentes.
      Os meus cumprimentos.

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