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quinta-feira, 11 de abril de 2024

Abril na Pintura Universal


ABRIL (SÉC. XV). Paul, Jean et Herman de Limbourg (1370-80-1416).
Iluminura do “Livro de Horas do Duque de Berry”. Museu Condé, Chantilly.

Abril, quarto mês do calendário gregoriano, tem 30 dias; segundo dos romanos, antes da reforma do calendário por Numa; segundo da ano astronómico, por coincidir com a entrada do Sol no signo de Touro (animal doméstico que personifica a força e a utilidade), segundo do Zodíaco e primeiro dos francesas, até 1564, ano em que Carlos IX decretou que o ano começasse a ser contado a partir do dia 1 de Janeiro.
O seu nome derivará do latim Aprilis, que significa abrir, o que constitui uma referência à germinação das culturas. Uma hipótese etimológica alternativa aventa que Abril seja derivado de Aprus, nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão. Daí a crença de que os amores nascidos em Abril são para sempre. Finalmente, outra conjectura etimológica é aquela que relaciona Abril com Afrodite, nome grego da deusa Vénus, que teria nascido da espuma do mar, que em grego arcaico se dizia "Abril".
“Abril” é o tema central de telas criadas por grandes nomes da pintura universal, dos quais destacamos, associados por épocas/correntes da pintura:
RENASCENÇA: Paul, Jean et Herman de Limbourg (1370-80-1416). holandês; Francesco del Cossa (c. 1435-c. 1477), italiano; Artista desconhecido, Bruges, flamengo; Artista desconhecido, Bruges, flamengo; Simon Bening (1483-1561), flamengo; Miniaturista flamengo (?-?), flamengo; António de Holanda (?-?), holandês; Oficina de Simon Bening (1483-1561), flamengo.
BARROCO: Leandro Bassono (1557–1622), italiano.
Todos eles dão grande realce às actividades agro-pecuárias do mês de Abril.

Publicado inicialmente a 3 de Abril de 2012


ALEGORIA DE ABRIL OU TRIUNFO DE VÉNUS (1476-84). Francesco del
Cossa (c. 1435-c. 1477). Fresco (500 x 320 cm). Palazzo Schifanoia, Ferrara.
 
 1ª PÁGINA DO CALENDÁRIO DE ABRIL (1480). Artista desconhecido, Bruges.
Iluminura do “Livro de Horas de Joana de Castela”. British Library, London.

2ª página do Calendário de Abril (1480). Artista desconhecido, Bruges.
Iluminura do “Livro de Horas de Joana de Castela”. British Library, London. 

ABRIL (C/1515). Simon Bening (1483-1561). Iluminura do “Livro de Horas
da Costa”. Morgan Library, New York. 

ABRIL (1490-1510). Miniaturista flamengo (?-?). Iluminura (28 x 21,5 cm)
do “Breviário Grimani”. Biblioteca Nazionale Marciana, Venice. 

ABRIL (1517-1551). António de Holanda (?-?). Iluminura (10,8x14 cm) do
“Livro de Horas de D. Manuel I”. Museu Nacional de Arte Antiga. Lisboa. 

ABRIL (1530-1534). Oficina de Simon Bening (1483-1561). Iluminura (9,8x13,3 cm)
do “Livro de Horas de D. Fernando”. Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.
 
ABRIL (1595/1600). Leandro Bassono (1557–1622). Óleo sobre tela
(164,5x145,5 cm). Kunsthistorisches Museum, Viena.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Provérbios de Abril


ABRIL - Iluminura do “Livro de Horas do Duque de Berry” (Século XV), manuscrito
com iluminuras dos irmãos Paul, Jean et Herman de Limbourg, conservado no
 Museu Condé, em Chantilly, na França.

- A água com que no Verão se há-de regar, em Abril há-de ficar.
- A água de Abril é água de cuco, molha quem está enxuto.
- A água que no Verão há-de regar, em Abril e Maio há-de ficar.
- A água, em Abril, carrega o carro e o carril.
- A aveia até Abril, está a dormir.
- A carranca é mãe do cuco, vem ao princípio de Abril e diz ao Maio que seu filho está para vir.
- A geada de Março tira o pão do baraço e a de Abril nem ao baraço o deixa ir.
- A invernia de Março e a seca de Abril põe o lavrador a pedir.
- A sardinha de Abril é vê-la e deixá-la ir.
- A ti, chova todo o ano, e a mim, Abril e Maio.
- A três de Abril, o cuco há-de vir e, se não vier a oito, está preso ou morto.
- Abril chove para os animais e Maio para as bestas.
- Abril chuvoso e Maio ventoso fazem o ano formoso.
- Abril com chuvadas, mentes amuadas.
- Abril e flores, alergias e suas dores.
- Abril e Maio são as chaves de todo o ano.
- Abril e Maio, chaves do ano.
- Abril frio dá pão e vinho.
- Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
- Abril frio traz pão e vinho.
- Abril leva as peles a curtir.
- Abril mete a ovelha no covil.
- Abril molhado, ano abastado.
- Abril molhado, sete vezes trovejado.
- Abril queima-se o carro e o carril.
- Abril vai a velha aonde há-de ir e a sua casa vem dormir.
- Abril, Abril, está cheio o covil.
- Abril, Abrilete, é o mês do ramalhete.
- Abril, águas mil e em Maio três ou quatro.
- Abril, águas mil, cabem todas num barril.
- Abril, águas mil, coadas por um funil.
- Abril, águas mil, peneiradinhas por um mandil.
- Abril, águas mil, quantas mais puderem vir.
- Abril, águas mil.
- Abril, cheio o covil.
- Abril, espigas mil.
- Abril, frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
- Abril, queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Abril, tempo de cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto.
- Agosto, engravelar; Setembro, vindimar;
- Água de Abril, peneirada por um mandil.
- Água de Maio e três de Abril valem por mil.
- Água que em Abril ficar, no Verão há-de regar.
- Água que no Verão há-de regar, em Abril há-de ficar.
- Águas de Abril são moios de milho.
- Águas de regar, de Abril e Maio hão-de ficar.
- Altas ou baixas, em Abril vêm as Páscoas.
- Antes a estopa de Abril, que o linho de Março.
- Ao princípio e ao fim, Abril costuma ser ruim.
- As manhãs de Abril são boas de dormir.
- Aveia até Abril está a dormir.
- Borreguinho de Abril, tomaras tu mil.
- Camponês em Abril tem bagaço no cantil.
- De grão te sei contar que em Abril não há-de estar nascido nem por semear.
- De Março a Abril há muito que pedir.
- De Março a Abril há pouco que rir.
- Depois de Ramos, na Páscoa estamos.
- Do pão te hei-de contar, que em Abril não há-de estar nascido, nem por semear.
- É mau por todo o Abril ver o céu a descobrir.
- É próprio do mês de Abril, as águas serem mil.
- Em Abril a velha sai e volta ao seu covil.
- Em Abril abre a porta à vaca e deixa-a ir.
- Em Abril ainda queima a velha o carro e o carril e deixa um tição para Maio, para comer as cerejas ao borralho.
- Em Abril cada pulga dá mil.
- Em Abril corta um cardo, nascerão mais de mil.
- Em Abril dá a velha a filha, por um pão a quem lha pedir.
- Em Abril deita-te a dormir.
- Em Abril dorme o moço ruim e em Maio dorme o moço e o amo.
- Em Abril e Maio moenda para todo o ano.
- Em Abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
- Em Abril lavra as altas, mesmo com água pelo machil.
- Em Abril o boi bebe no rio.
- Em Abril pelos favais vereis o mais.
- Em Abril queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril queima a canga e o canzil.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril e deixa um tição para Maio, para comer as cerejas ao borralho.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril e o que ficou, em Maio o queimou.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril, uma camba que ficou, ainda em Maio a queimou e guardou o seu melhor tição para o mês de São João.
- Em Abril queimou a velha, o carro e o carril; e uma cambada que ficou, em Maio a queimou.
- Em Abril quer-se águas mil coadas por um mandil.
- Em Abril, a Natureza ri.
- Em Abril, a rês perdida recobra vigor e vida.
- Em Abril, a velha vai e volta ao seu covil.
- Em Abril, abre a porta à vaca e deixa-a ir.
- Em Abril, águas mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril, águas mil que caibam num barril.
- Em Abril, águas mil, coadas por um funil.
- Em Abril, águas mil, coadas por um mandil.
- Em Abril, águas mil, que caibam num barril.
- Em Abril, águas mil.
- Em Abril, cada pulga dá mil.
- Em Abril, cavar e rir.
- Em Abril, corta um cardo e nascerão mil.
- Em Abril, de uma nódoa tira mil.
- Em Abril, enchem o covil.
- Em Abril, espigar.
- Em Abril, guarda o teu gado e vai aonde tens de ir.
- Em Abril, lavra as altas, mesmo com água pelo machil.
- Em Abril, mau é descobrir.
- Em Abril, o cuco há-de vir.
- Em Abril, pelos favais vereis o mais.
- Em Abril, queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril, queijos mil.
- Em Abril, queima a canga e o canzil.
- Em Abril, queima a velha, o carro e o carril.
- Em Abril, queima a velha, o chambaril.
- Em Abril, queima o velho o carro e o carril e uma camba que guardou, ainda em Maio a queimou.
- Em Abril, queima-se o carro e o carril.
- Em Abril, queimou a velha o carro e o carril; e uma cambada que ficou em Maio a queimou.
- Em Abril, sai a bicha do covil.
- Em Abril, sai a velha do seu covil, dá uma volta e torna a vir.
- Em Abril, sai o bicho do covil.
- Em Abril, um pão e um merendil.
- Em Abril, vai a velha aonde há-de ir e torna outra vez ao seu covil.
- Em Abril, vai a velha aonde tem de ir e vem dormir ao seu covil.
- Em Abril, vai a velha onde quer ir e a sua casa vem dormir.
- Em Abril, vai a velha onde quer ir e a sua casa vem dormir.
- Em Abril, vai aonde hás-de ir e volta ao teu covil.
- Em Abril, vai onde deves ir, mas volta ao teu covil.
- Em Janeiro junta a perdiz ao parceiro, em Fevereiro faz um rapeíro, em Março faz o covacho, em Abril enche o covil, em Maio, pi-pi-pÍ para o mato.
- Em Janeiro seca a ovelha no fumeiro, em Março no prado e em Abril se vai medir.
- Em Janeiro seca a ovelha suas madeixas ao fumeiro; em Março, no prado e em Abril as vai urdir.
- Em lua de Abril tardia, nenhum lavrador confia.
- Em Março queima a velha o maço e em Abril, os arcos e o barril.
- Em Março, merenda o pedaço e em Abril, merenda o merendil.
- Em tempos de cuco, de manhã molhado, à tarde enxuto.
- Entre Abril e Maio, moenda para todo o ano.
- Entre Março e Abril, o cuco há-de vir ou o fim do mundo está para vir.
- Entre Março e Abril, o cuco há-de vir.
- Entre Março e Abril, o cuco ou é morto ou está para vir.
- Enxame de Abril para mim; de Maio para o meu irmão.
- Enxames em Abril, mil; em Maio, apanhai-os; pelo São João, apanhai-os ou não.
- Estação primaveril, cravos de Abril.
- Fevereiro couveiro, faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio pio-pio pelo mato; Junho como um punho; em Agosto as tomarás a cosso.
- Fevereiro recoveiro faz ir a perdiz ao poleiro, em Março, três ou quatro.
- Flores de Abril, coração gentil.
- Guarda pão para Maio e lenha para Abril.
- Horas de Abril ensolaradas põem mulheres descascadas.
- Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
- Janeiro geadeiro, Fevereiro aguadeiro, Março chover cada dia seu pedaço, Abril águas mil coadas por um funil. Maio pardo celeiro grado, Junho foice em punho.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar, Agosto engavelar. Setembro vindimar, Outubro revolver, Novembro semear, Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover, Março encanar, Agosto recolher. Setembro vindimar.
- Janeiro geoso, Fevereiro gravanoso, Março amoroso e Abril ventoso fazem o ano formoso.
- Janeiro geoso. Fevereiro nevoso. Março frio e ventoso. Abril chuvoso e Maio pardo, fazem um ano abundoso.
- Lama de Abril vale por mil.
- Mais vale uma chuvada entre Março e Abril, do que o carro, os bois, a canga e o canzil.
- Manhãs de Abril, boas de andar e doces de dormir.
- Manhãs de Abril, boas de andar, doces de dormir.
- Março ventoso e Abril chuvoso, do bom colmeal farão astroso.
- Março ventoso, Abril chuvoso, fazem o ano formoso.
- Março ventoso, Abril chuvoso, Maio florido e formoso.
- Março ventoso. Abril chuvoso, de bom colmeal farão desastroso.
- Março, encanar; Abril, espigar.
- Mau é Abril ver o céu a descobrir.
- Mau é por todo o Abril ver o céu a descobrir.
- Moinha de Abril vale por mil.
- Morraceira de Abril vale por mil.
- Não há mês mais irritado que o Abril zangado.
- Negócios no mês de Abril, só um é bom entre mil.
- Nevoeiro de Março não faz mal, mas o de Abril leva o pão e o vinho.
- No fim de Abril ninguém gabe madressilva nem desfolhe malmequeres.
- No princípio ou no fim, Abril sói ser ruim.
- No princípio ou no fim, costuma Abril a ser ruim.
- No saber trabalhar, amar e sofrer, está a arte de bem viver.
- Nódoa de Abril não há mês que a tire.
- Nunca a chuva de Abril é mau tempo.
- O grão em Abril, nem por semear nem nascido.
- O que Abril deixa nado, Maio deixa-o espigado.
- O vinho de Abril é gentil
- Pelo São Marcos (25/4) o trigo sacho, nem nabo, nem saco.
- Por Abril corta um cardo, nascerão mil.
- Por Abril dorme o moço madraceirão e por Maio, dorme o moço e o patrão.
- Por Abril, dorme o moço ruim e por Maio, dorme o moço e o amo.
- Por onde Abril e Maio passou, tudo espigou.
- Por onde Abril passou, tudo espigou.
- Por São Marcos (25/4), bogas e sáveis nos barcos.
- Por todo o Abril não te descobrir.
- Por todo o Abril, mau é descobrir.
- Primeiro de Abril, mentiras mil.
- Quando chegar Abril, tudo vai florir.
- Quando Março sai ventoso, sai Abril chuvoso.
- Quem caracóis come em Abril, aparelhe cera e panil.
- Quem em Abril não merenda, ao cemitério se encomenda.
- Quem em Abril não varre a eira e em Maio não rega a leira, anda todo o ano em canseira.
- Quem mata uma mosca em Abril, mata mais de mil.
- Quem me vir e ouvir, guarde pão para Maio e lenha para Abril.
- Ramos molhados, são louvados.
- Rês perdida, em Abril cobra vida.
- Rir e cantar em Abril faz saltar.
- Sáveis por São Marcos (25/4) enchem os barcos.
- Se chover em Maio, carregará el-rei o carro e em Abril, carril e entre Abril e Maio, o carril e o carro.
- Se chover entre Maio e Abril, carregará o lavrador o carro e o carril.
- Se entre Março e Abril o cuco não vier, o fim do Mundo está para vir.
- Se não chove em Abril, perde o lavrador couro e quadril.
- Se não chove em Abril, perde o lavrador o carro e o carril.
- Se não chover entre Maio e Abril, dará el-rei o carro e o carril, por uma fogaça e a filha a quem a pedir.
- Se não chover entre Março e Abril, podes vender o carro e o carril.
- Se não chover entre Março e Abril, vende o lavrador os bois e o carril.
- Se não chover entre Março e Abril, venderá el-rei, o carro e o carril.
- Se o cuco não vem entre Março e Abril, ou é morto ou está para vir.
- Se o vires em Março, apanha-o no regaço, se o vires em Abril, deixa-o ir; se o vires em Maio, agarrai-o; se o vires em Junho, nem que seja como um punho.
- Seca de Abril deixa o lavrador a pedir.
- Sol de Abril aquece e o trabalho esquece.
- Sol de Abril, quem no vir, abra a mão e deixe-o ir.
- Sono de Abril deixa-o a teu filho dormir.
- Tarde acordou quem em Abril podou.
- Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de vinte e oito, só há um, e os mais têm trinta e um.
- Uma água de Maio e três de Abril, valem por mil.
- Uma gota de Abril, vale por mil.
- Uma invernia de Janeiro e uma seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
- Vento de Março e chuva de Abril, vinho a florir.
- Vento de Março, chuva de Abril, fazem o Maio florir.
- Videira em Abril a florescer, uvas em Agosto a amadurecer.
- Vinha que rebenta em Abril, dá pouco vinho para o barril.
- Vinho de Abril é gentil.
- Vinho de Março não vai ao cabaço e vinho de Abril não enche cantil.

Hernâni Matos
Publicado inicialmente em 8 de Abril de 2012

quarta-feira, 20 de março de 2024

Vem aí a Primavera!


Primavera de arco (Alegoria à estação homónima).
Liberdade da Conceição (1913-1990).

A Primavera é a estação do ano que sucede ao Inverno e antecede o Verão.
No hemisfério norte a Primavera tem início no equinócio de Março (20 de Março) no qual o dia e a noite têm a mesma duração na linha do equador. A cada dia que passa, a duração do dia aumenta e da noite diminui, o que faz aumentar a insolação. A Primavera termina no solstício de Junho (20 de Junho). As datas referidas variam pouco de ano para ano.
A Primavera marca a renovação da natureza, sendo especialmente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres.
Como é natural, a Primavera marca presença no adagiário português:
- Após a névoa opaca do Inverno, sempre vem o colorido vivo da Primavera
- Borboleta branca: Primavera franca.   
- Como vires a Primavera, assim pelo al espera.
- Dizem os antigos, gente rude e sincera: nunca passou por mau tempo a chuva da Primavera.
- Foi atravessando os rigores do Inverno que o tempo chegou à Primavera.
- Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera.
- Um cuco não trás a Primavera.
- Um dia de Outono vale por dois de Primavera.
- Uma andorinha não faz a Primavera.
- Uma andorinha só não faz a Primavera.
- Uma flor não faz Primavera.
- Uma palavra gentil é como um dia de Primavera.


Publicado a 13 de Março de 2020

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Efemérides de Julho (Nova versão)


31 de Julho
A 31 de Julho de 1750 morre D. João V (1689-1750), em cujo reinado uma
corrente de renovação assolou todo o país e manifestou-se nas mais diversas
produções artísticas: arquitectura, escultura, pintura, mobiliário, ourivesaria,
talha e azulejo. Estas foram incrementadas e personalizadas por uma extensa
plêiade de artistas portugueses e estrangeiros.
30 de Julho
A 30 de Julho de 1848 foi inaugurada a iluminação a gás, na Baixa de Lisboa,
a primeira em Portugal. Cópia da Planta da Praça do Comércio, demonstrando
a forma dos passeios e distribuição dos candelabros e liras para a iluminação
a gás na mesma praça, apresentado por sua majestade a Rainha. Documento
pertencente ao fundo “Júlio de Castilho”(1840-1919) do Arquivo Nacional
da Torre do Tombo.
29 de Julho
A 29 de Julho de 1803, no reinado de D. Maria I (1734-1816) foi criada a
Academia Real de Marinha e Comércio, na dependência da Companhia Geral da
Agricultura das Vinhas do Alto Douro com a finalidade principal de formar os seus
futuros quadros técnicos. Sediada no Porto, funcionou entre 1803 e 1837, sendo
então transformada na Academia Politécnica do Porto, que esteve na origem das
actuais Faculdades de Ciências e de Engenharia da Universidade do Porto. Sede da
Academia Real da Marinha no antigo Noviciado da Cotovia, onde também funcionava
o Real Colégio dos Nobres.

28 de Julho
 A 28 de Julho de 1446 são publicadas as Ordenações Afonsinas, colectâneas de
leis promulgadas durante o reinado de Dom Afonso V (1432-1481), distribuídas
por cinco livros e que visavam esclarecer a aplicação do direito canónico e
romano no Reino de Portugal. Nunca chegaram a ser impressas durante o período
em que vigoraram, apesar da imprensa de Johannes Gutenberg (1398-1468) já
star em uso na Alemanha desde 1439. A demora na produção de cópias
manuscritas parece ter sido um dos problemas para a sua aplicação em todo o
Reino, já que a imprensa em Portugal só apareceu por volta de 1487, no Reinado
de D. Manuel I (1469-1521). A sua aplicação não foi uniforme no Reino e vigoraram
apenas até à promulgação das suas sucessoras, as Ordenações Manuelinas.
27 de Julho
A 27 de Julho de 1866 nasce, em Vale da Vinha, concelho de Penacova,
António José de Almeida (1866-1929), médico, político republicano, sexto
Presidente da República (1919-23), fundador e director do jornal República.
ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA – Retrato de Henrique Medina (1901-1989).
Museu da Presidência da República.
26 de Julho
A 26 de Julho de 1994 é inaugurado o Museu da Música na Estação do Alto dos
Moinhos, do Metro de Lisboa. O Museu da Música detém um acervo com cerca
de 1400 instrumentos, entre os quais o cravo de Joaquim José Antunes
(1731-1811), o cravo de Pascal Taskin (1723-1793), o piano Boisselot, que o
compositor e pianista Franz Liszt (1811-1886) trouxe a Lisboa, em 1845,
e o violoncelo de Antonio Stradivari (1644-1737), que pertenceu ao rei
D. Luís I (1838-1889).
25 de Julho
A 25 de Julho de 1139 travou-se a Batalha de Ourique. Nela se defrontaram as
tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques (c.1109-1185) e as
muçulmanas, saldando-se o embate por uma vitória para as hostes portuguesas.
MILAGRE DE OURIQUE (1793). Domingos Sequeira (1768–1837).
Óleo sobre tela (270 × 450 cm). Musée Louis-Philippe du Château d'Eu, France.
24 de Julho
A 24 de Julho de 1780 realiza-se a primeira sessão da Real da Academia das Ciências,
no Palácio das Necessidades, em Lisboa. A Academia foi fundada no reinado de Dona
Maria I (1734-1816) em 24 de Dezembro de 1779, em pleno Iluminismo, sendo o seu
primeiro Presidente, o Duque de Lafões (1719-1806). A Academia encontra-se, desde
1833, instalada no antigo Convento de Nossa Senhora de Jesus da Ordem Terceira de
São Francisco, edifício setecentista localizado na parte baixa do Bairro Alto, em
Lisboa. Depois da implantação da República, a instituição passou designar-se Academia
das Ciências de Lisboa.
23 de Julho
A 23 de Julho de 1951 é fundada, em Lisboa, a Liga dos Cegos de João de Deus.
JOÃO DE DEUS (1830-1896), eminente poeta lírico e pedagogo.
22 de Julho
A 22 de Julho de 1946, a revista americana “Time” publica uma reportagem
sobre Salazar e a ditadura do Estado Novo com o título "Até que ponto o melhor
de Portugal é mau". A distribuição nacional da revista é proibida.
21 de Julho
A 21 de Julho de 1542, o Papa Paulo II (1417-1471) institucionaliza a Inquisição.
Auto-de-fé promovido pela Inquisição Portuguesa na Praça do Comércio em
Lisboa, antes do terramoto de 1755. Gravura anónima do séc. XVIII.
20 de Julho
A 20 de Julho de 1955, morre em Lisboa, Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1965),
magnata do petróleo, coleccionador de arte, mecenas e filantropo.
19 de Julho
A 19 de Julho de 1886, morre o poeta Cesário Verde (1855-1886), com 31 anos
de idade. No ano seguinte Silva Pinto organiza “O Livro de Cesário Verde”,
compilação da sua poesia publicada em 1901. Ao retratar a Cidade e o Campo,
que são os seus cenários predilectos, no seu estilo delicado, Cesário empregou
técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade.
18 de Julho
A 18 de Julho de 1697 morreu o Padre António Vieira (1608-1697), sacerdote
jesuíta, missionário, filósofo, escritor, orador, político e diplomata. Defensor
dos direitos dos povos indígenas do Brasil, foi também defensor dos judeus,
defendeu a abolição da escravatura e foi crítico da Inquisição. A sua obra
literária inclui mais de 200 sermões, 700 cartas, além de tratados proféticos,
relações, etc. Um dos seus mais famosos sermões é o Sermão de Santo António
aos Peixes. PADRE ANTÓNIO VIEIRA – Óleo  sobre tela (680 x 1280 mm)  de autor
desconhecido do início do séc. XVIII. Casa Cadaval, Muge.
17 de Julho
A 17 de Julho de 1877 é inaugurado o Hospital de D. Estefânia, em Lisboa. A
sua construção iniciada em 1860, foi iniciativa da Rainha Dona Estefânia de
Hohenzollern-Sigmaringen (1837-1859), mulher de D. Pedro V (1837-1861),
que numa visita ao Hospital de São José, impressionada com a promiscuidade
com que na mesma enfermaria eram tratadas crianças e adultos, ofereceu o
seu dote de casamento para que fosse construído um hospital para crianças
pobres e enfermas. A sua construção foi primorosamente planeada, tendo
D. Pedro V solicitado pareceres sobre projectos e plantas hospitalares,
elaboradas por técnicos de reconhecida competência, de locais como Londres,
Berlim e Paris. Dona Estefânia – retrato a óleo por Karl Ferdinand Sohn
(1805-1867). Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa.
16 de Julho
A 16 de Julho de 1212 trava-se a batalha de Navas de Tolosa, perto de Navas
de Tolosa, na actual Espanha. O rei Afonso VIII de Castela (1155-1214),
liderando uma coligação com Sancho VII de Navarra (1154-1234), Pedro II de
Aragão (1178-1213), um exército de Afonso II de Portugal (1185-1223),
juntamente com cavaleiros do reino de Leão e das ordens militares de Santiago,
Calatrava, Templários e Hospitalários, derrota o Califado Almóada. BATALHA DE
NAVAS DE TOLOSA -  Pintura a óleo do século XIX, de F. P. Van Halen, exposta
no Palácio do Senado, em Madrid.
15 de Julho
A 15 de Julho de 1759, Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), Marquês
de Pombal, recebe o título de Conde de Oeiras. SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E
MELO -  Escola Portuguesa do séc. XVIII. Óleo sobre tela (119 x 97,5 cm). Colecção
particular. 
14 de Julho
A 14 de Julho de 1901, o cirurgião Egas Moniz (1847-1955), Nobel da Medicina
em 1949, conclui o doutoramento, em Lisboa. RETRATO DE EGAS MONIZ (1932).
José Malhoa (1855-1933). Pastel sobre papel (60 x 51 cm). Faculdade de Medicina
da Universidade de Lisboa.
13 de Julho
A 13 de Julho de 1647 é criada a Aula de Fortificação e Arquitectura Militar,
na Ribeira das Naus, em Lisboa. Ribeira das Naus foi a designação dada a partir
da construção do Paço da Ribeira às novas tercenas que o rei Dom Manuel I
mandou edificar a ocidente do novo palácio real, construído sobre o local das
tercenas medievais. A Ribeira das Naus foi o maior estaleiro do Império Português.
VISTA, A PARTIR DO TEJO, DO PALÁCIO DA RIBEIRA EM LISBOA (1598). Georg Braun
and Franz Hogenberg.
12 de Julho 
A 12 de Julho de 1976, morre Simão César Dórdio Gomes (1890-1976), pintor
modernista português. ALENTEJO (1930). Simão César Dórdio Gomes (1890-1976).
Óleo sobre cartão (26,9 x  35,5 cm). Museu de José Malhoa, Caldas da Rainha.
11 de Julho 
A 11 de Julho comemora-se o Dia Mundial da População. A CEIFA NO ALENTEJO-
- Alberto de Souza (1880-1961). Aguarela sobre papel (14 x 20 cm).
10 de Julho 
No dia 10 de Julho comemora-se o Dia Mundial da Lei com a finalidade de lembrar
a importância do cumprimento do Direito, o quale remonta às primeiras civilizações
que conheceram a escrita. São marcos importantes da História do Direito, o código
do rei da Babilónia, Ur-Nammu, o código de Hamurabi, as leis das Doze Tábuas, as
leis da Roma Antiga, as leis Draconianas da Grécia Antiga, as Ordenações Afonsinas,
Manuelinas e Filipinas, a Constituição Francesa de 1791, as leis do Império (a Lei
Áurea), da República, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, etc.
A  JUSTIÇA ENTRE OS ARCANJOS MIGUEL E GABRIEL (pormenor) – 1421. Jacobello del
Fiore (1370-1439). Têmpera sobre panel (210 x 190 cm). Gallerie dell'Accademia, Venice.
9 de Julho 
Desde 9 de Julho de 1926 que António Óscar de Fragoso Carmona (1869-1951),
como Presidente do Ministério passa a desempenhar as funções de Presidente
da República, após a demissão do General Manuel de Oliveira Gomes da Costa
(1863-1929). Viria a ser nomeado interinamente para o cargo, por decreto de
16 de Novembro de 1926. Foi o décimo primeiro presidente da República
Portuguesa (primeiro da Ditadura e primeiro do Estado Novo). CARMONA - 
etrato de Henrique Medina (1901-1989). Museu da Presidência da República.
8 de Julho 
A 8 de Julho de 1497, a Armada de Vasco da Gama parte de Belém, em Lisboa,
rumo à Índia. É composta pelas naus São Gabriel, São Rafael e Bério. Vasco da
Gamara atingirá Calecut e regressará a Lisboa em 1499. PARTIDA DE VASCO DA
GAMA PARA A ÍNDIA - Ilustração de Alfredo Roque Gameiro (1864-1935), para o
livro “Quadros da História de Portugal” editado em 1917, da autoria de Chagas
Franco e João Soares, incluindo ainda ilustrações de Alberto de Souza.
7 de Julho 

A 7 de Julho de 2007, a Torre de Belém, os mosteiros dos Jerónimos, de Alcobaça
e da Batalha, o Palácio da Pena e os castelos de Guimarães e Óbidos foram
proclamados como as Sete Maravilhas de Portugal. Tratou-se de uma iniciativa
apoiada pelo Ministério da Cultura de Portugal, organizada pelo consórcio Y&R
Brands S.A. - Realizar S.A., que visou eleger os sete monumentos mais relevante
do património arquitectónico português. A escolha recaiu em 794 monumentos
nacionais classificados pelo IPPAR, da qual foi feita uma primeira selecção
efectuada por peritos, a qual originou uma lista de setenta e sete monumentos.
Depois foi feita uma nova escolha, efectuada por um Conselho de Notáveis
constituído por personalidades de diversos quadrantes de onde saíram os vinte
e um monumentos finalistas. A partir de 7 de Dezembro de 2006, decorreu a
votação que viria a eleger os sete monumentos eleitos dos portugueses.
TORRE DE BELÉM - Construída entre 1515 e 1519, tem 30 metros de altura,
é de estilo manuelino e teve como arquitectos: Francisco de Arruda,
Francisco de Holanda, António Viana Barreto e António de Azevedo e Cunha.
6 de Julho 
A 6 de Julho de 2010, morre Matilde Rosa Araújo (1921-2010), pedagoga e
escritora especializada em literatura infantil e que enquanto cidadã se
dedicou no decorrer da sua vida aos problemas da criança e à defesa dos
seus direitos. Foi distinguida com diversos prémios literários e em 2004 foi
agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
5 de Julho 
A 5 de Julho de 1852 é abolida a pena de morte para crimes políticos (artigo 16º
do Acto Adicional à Carta Constitucional de 5 de Julho, sancionado por D. Maria II
(1819-1853). D. MARIA II (1829) - Óleo sobre tela (92,4 × 71,8 cm) de Thomas
Lawrence (1769-1830). Colecção Real. Reino Unido. 
4 de Julho 
A Rainha Santa Isabel de Aragão (1270-1336), esposa de el-Rei D. Diniz (1261-1325),
faleceu no Castelo de Estremoz, com 66 anos de idade, no dia 4 de Julho de 1336,
de uma doença súbita surgida quando se dirigia para a raia em missão de
apaziguamento entre o filho, D. Afonso IV (1291-1357), e o neto, Afonso XI de
Castela (1311-1350). As virtudes da Rainha, mais tarde considerada Santa
estiveram na origem da sua beatificação por Leão X (1475-1521), em 1516,
com autorização de culto circunscrito à Diocese de Coimbra. Em 1556, o
papa Paulo IV (1476-1559) torna extensiva a devoção isabelina a todo o Reino
de Portugal. Seria o papa Urbano VIII (1568-1664), dada a incorrupção do corpo
e o relato dos milagres, quem proclamaria em 1625, a canonização de Isabel de
Aragão como Rainha Santa. SANTA ISABEL DE PORTUGAL - Aguarela de Alberto
de Souza (1880-1961).
3 de Julho 
A 3 de Julho de 1780 é fundada a Casa Pia de Lisboa pelo intendente da polícia de
D. Maria I (1734-1816), Diogo de Pina Manique (1733-1805), ficando instalada no
Castelo de S. Jorge. ALEGORIA À CASA PIA DO CASTELO - Gil Teixeira Lopes (1936- ).
2 de Julho 
A 2 de Julho de 1932, morre no exílio em TwickenhamInglaterra, o último rei
de Portugal, D. Manuel II (1889-1932), o “Bibliógrafo”, sufocado por um edema
da glote. Depois de decorridos os funerais celebrados na Catedral de Westminster,
em Londres, onde se celebram as exéquias dos monarcas e dos grandes vultos
britânicos, por determinação expressa do Governo de Salazar, D. Manuel é
transladado para Lisboa, onde tem funerais nacionais, jazendo desde 2 de Agosto
de 1932, no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
1 de Julho 
A 1 de Julho de 1920 nasce em Lisboa, Amália Rodrigues (1920-1999), fadista,
cantora e actriz portuguesa, considerada a Rainha do Fado. Cantou os grandes
poetas da língua portuguesa (Camões, Bocage), além dos poetas que escreveram
para ela (Pedro Homem de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos, Manuel
Alegre, Alexandre O’Neill. Conhece também Alain Oulman, que lhe compõe diversas
canções. Amália dá brilhantismo ao fado, ao cantar o repertório tradicional de uma
forma diferente, sintetizando o que é rural e urbano. Considerada a nossa melhor
embaixatriz, difundiu a cultura portuguesa, a língua portuguesa e o fado. Ao longo
da sua carreira recebeu inúmeras distinções: Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada (1958),  Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1971), Grande-Oficial
da Ordem do Infante D. Henrique (1981),  Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada (1990),  Ordem das Artes e das Letras (França-1990),  Légion d'Honneur
(França-1990), Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (1998). A 6 de Outubro
de 1999, Amália Rodrigues morre em Lisboa, tendo o 1º ministro decretado Luto
Nacional por três dias. No seu funeral incorporaram-se centenas de milhares de
lisboetas que assim lhe prestam uma última homenagem. Foi sepultada no
Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Em 2001, o seu corpo foi trasladado para o
Panteão Nacional, onde está sepultada ao lado de outros portugueses ilustres.


Publicado inicialmente a 18 de Junho de 2015