terça-feira, 2 de janeiro de 2018

PALÁCIO TOCHA: Não bate a bota com a perdigota


Palácio Tocha em Estremoz, antes das obras de reconstrução e adaptação, visando
a instalação do Museu Berardo-Estremoz. Fotografia do autor.

De acordo com o jornal “on line” TRIBUNA ALENTEJO, do passado dia 3 de Dezembro, disponível em https://www.tribunaalentejo.pt/artigos/museu-berardo-estremoz, o Museu Berardo vai ser instalado no Palácio Tocha em Estremoz, após obras de adaptação de 2,5 milhões de euros, comparticipadas em 75% por fundos comunitários, que começarão ainda este ano. O jornal refere ainda que “A cerimónia de assinatura do contrato de empreitada da obra decorreu, esta semana, no Salão Nobre da Câmara de Estremoz, na presença do presidente da Coleção Berardo, Joe Berardo, e do presidente do município, Luís Mourinha, sendo que a abertura do museu está prevista para o verão de 2019.”.
Esmiuçando a notícia, verifica-se que “Não bate a bota com a perdigota”. Na verdade, à data de 3 de Dezembro, o presidente da edilidade Luís Mourinha não se encontrava em Estremoz, pois tinha partido para a República da Coreia, onde no Centro Internacional de Convenções Jeju, na ilha de Jeju, presidiu à delegação estremocense que ali se deslocou à 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da UNESCO, em apoio da candidatura estremocense à inscrição da "Produção de Figurado em Barro de Estremoz" na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Para além disso, consultando o website do “ALENTEJO 2000”, Programa Operacional Regional do Alentejo para o período 2014-2020, disponível em:
http://www.alentejo.portugal2020.pt/index.php/projetos-aprovados/category/73-projetos-aprovados, constata-se que a Operação designada por “Museu Berardo Estremoz” e com código ALT20-08-2114-FEDER-000050, da qual é beneficiária a  “ASSOCIAÇÃO DE COLECÇÕES”, presidida por Joe Berardo, foi inscrita no Eixo Prioritário  do Plano Operacional “8-Ambiente e Sustentabilidade”. As “Despesas Elegíveis Totais Atribuídas à Operação” foram 3.475.871,34 euros, sendo o “Fundo Total Aprovado” 2.606.903,51 euros, ou seja 75%. Há uma diferença de 106.903,51 euros a mais em relação ao valor indicado pela notícia da TRIBUNA ALENTEJO, montante que não corresponde propriamente a uns “trocos”. 
O que a TRIBUNA ALENTEJO não diz e o público gostaria de saber, é quem é que paga os 25% que não foram financiados pelo FEDER. De salientar ainda que à data de encerramento da presente edição do “E” (26 de Dezembro), não se vislumbra o início de quaisquer obras no Palácio Tocha.

domingo, 31 de dezembro de 2017

Más-línguas contra a imprensa local


Conversa de comadres. José Lutzenberger (1926-2002).

Estremoz tem dois jornais: o “E” e o “Brados do Alentejo”. Cada um com os seus leitores e colaboradores, o que não impede que haja inúmeras pessoas como eu, que são leitoras tanto de um como do outro. E não é caso para menos, já que sendo ambos quinzenários, saem em semanas alternadas, pelo que cada um “está em cima” dos seus próprios acontecimentos.
No meu caso sou até colaborador dos dois, não só pelo prazer da escrita e pelo dever cívico de escrever, mas também porque me revejo no Estatuto Editorial de qualquer deles. São jornais plurais onde sobressai a procura da actualidade e do rigor da informação, tanto local como regional. São jornais que têm os seus próprios colunistas, cada um na sua própria trincheira, defendendo os valores que integram o seu ideário e que por lhe serem gratos, procuram legitimamente divulgar junto dos leitores.
Numa sociedade democrática é insubstituível o papel informativo e formativo duma imprensa livre e insubmissa, que tanto rejeita mordaças e grilhões, como vendas nos olhos. Daí que como corolário único dessa postura cívica, só uma atitude jornalística era possível, face à atitude do Município de, em boa hora, ter apresentado a candidatura da “Produção de Figurado em Barro de Estremoz”, visando a sua inscrição na “Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade”. Foi assim que cada um dos jornais, cada um à sua maneira, desde sempre foi relatando os comunicados de imprensa do Município, dando conta dos diversos passos duma candidatura que para nosso gáudio se foi consolidando no decurso do tempo, desmentindo os vaticínios malévolos de alguns profetas da desgraça.
Todavia há quem por desdém ou por soberba, grite aos quatro ventos: - “Jornais? Nem os lemos.”. Fazendo fé que assim seja, o que não é certo, devem ter quem os leia por eles e que omitiu que os jornais locais, desde sempre cobriram jornalisticamente aquela candidatura. Carece assim de qualquer sentido e é completamente despropositado, virem agora a terreiro, clamar que antes da vitória da candidatura, a imprensa local não se referiu a ela. Trata-se duma atoarda soez que cabe aqui denunciar.
Pela parte que me cabe, redigi textos sobre a candidatura que subscritos com o meu nome, foram publicados no jornal “E” e não fui o único. Para além disso, desde 2014 e durante 70 quinzenas, mantive no jornal “Brados do Alentejo” uma secção onde, como franco-atirador e guerrilheiro ao serviço de causas nobres, pus o meu verbo e o resto da gramática ao serviço da candidatura dos Bonecos de Estremoz a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Essa secção foi uma trincheira e uma tribuna que visou potenciar e levar a bom termo, através do seu contributo, a candidatura com a qual desde sempre me identifiquei, já que os bonecos de Estremoz me estão na massa do sangue.


sábado, 30 de dezembro de 2017

Poesia portuguesa - 087




Ano Novo
Fernando Pessoa (1888-1935)

Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento.

Fernando Pessoa (1888-1935)

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Eu e os Bonecos de Estremoz


Hernâni Matos e alguns dos seus Bonecos. Fotografia de Fátima Fernandes.

Coleccionar Bonecos de Estremoz
Uma das coisas que colecciono são Bonecos de Estremoz, os quais descobri há cerca de quarenta anos. E digo que descobri porque, efectivamente, nado e medrado em Estremoz, tinha os olhos abertos, mas não via, como acontece a muito boa gente. Até que um dia, os meus olhos foram para além da missão elementar de observar o óbvio. Então, a minha retina transmitiu às redes neuronais um impulso nervoso que se traduziu numa emoção com um misto de estético e de sociológico. Foi tiro e queda a minha atracção pelos Bonecos de Estremoz.
Bonecos que duplamente têm a ver com a nossa identidade cultural estremocense e alentejana, Bonecos que, antes de tudo, são arte popular, naquilo que de mais nobre, profundo e ancestral, encerra este exigente conceito estético-etnológico.
Bonecos moldados pelas mãos do povo, a partir daquilo que a terra dá - o barro com que porventura Deus terá modelado o primeiro homem no sexto dia da criação do Mundo, tal como nos diz o Génesis.
Foi com esse mesmo barro que as bonequeiras de setecentos começaram a criar aquilo que se convencionou chamar “Bonecos de “Estremoz”. Bonecos que nascem nus e depois vão sendo vestidos e enfeitados, que os Bonecos também são vaidosos. Bonecos que depois de secos, são cozidos no forno e pintados com cores minerais já utilizadas pelos artistas rupestres de Lascaux e Altamira no Paleolítico, mas aqui garridas e alegres, como é timbre das claridades do Sul. Por fim, são protegidos com verniz.
Invariância e mutabilidade nos Bonecos de Estremoz
Os Bonecos de Estremoz são pela sua excelência, notórias marcas de identidade desta terra transtagana. E são-no duma maneira que supera o estatismo e que se torna dinâmica. É que a manufactura de cada boneco encerra em si duas componentes distintas: a invariância e a mutabilidade.
Em primeiro lugar, invariância, porque encerram em si mesmos traços de identidade que se mantêm de barrista para barrista, tal como o gesto augusto do semeador reproduz ancestrais trejeitos padrão.
Em segundo lugar, mutabilidade, já que cada barrista tem a sua própria individualidade, o seu próprio modo de observar o mundo que o cerca e de o interpretar à sua maneira. Lá diz o rifão: “Quem conta um conto, aumenta um ponto”. É assim que cada barrista, sem pôr em causa a essência temática de cada figura, acrescenta-lhe pormenores através dos quais fixa a posição da mesma ou sugere movimento, bem como pormenores do vestuário e dos utensílios usados, assim como particularidades da actividade desenvolvida. Com esta mutabilidade, os Bonecos de Estremoz transvazam a mera produção monolítica e ascendem a novos patamares em que se revigoram, qual Fénix renascida das cinzas, o que vem acontecendo desde a sua génese.
Marcas de identidade
A matriz identitária do figurado de Estremoz distribui-se por quatro níveis distintos.
Em primeiro lugar a manufactura “sui-generis” que a distingue de todo o figurado português.
Em segundo lugar é notória a identidade cultural alentejana. As figuras são muitas das vezes protagonistas das fainas agro-pastoris do Alentejo de antanho, envergando os seus trajes populares. São um relato fiel dos ciclos de produção, dos usos e costumes, bem como da gastronomia. A identidade cultural regional está, de resto, presente no alegre e garrido cromatismo das imagens, que reflecte as claridades do Sul.
Em terceiro lugar é patente também uma identidade cultural local, que tem a ver com o quotidiano das gentes, com a vida íntima na comunidade, com o respeito pela instituição militar, com a veneração pelos santos da Igreja Católica e com a comemoração de festas cíclicas.
Em quarto e último lugar estão as marcas de identidade de autor, gravadas ou estampadas na base dos Bonecos ou no interior das peças ocas. São marcas através das quais os bonequeiros assumem a maternidade ou a paternidade de cada peça nascida das suas mãos. Afirmação legítima da auto-estima dos barristas, que nos relembra as siglas gravadas pelos pedreiros medievais nas pedras que afeiçoavam e que transmitiam a mensagem “Esta pedra é Obra minha”.
As marcas de identidade de autor, além de identificarem o artesão, permitem balizar o período de manufactura das figuras, na medida em que os artífices no decurso da sua actividade vão, por vezes, utilizando marcas distintas. Todavia, não só as marcas de autor permitem identificar o bonequeiro, já que cada um tem o seu próprio modo de observar o mundo que o cerca e de o interpretar, legando traços de identidade pessoal nas peças que manufactura e que são marcas indeléveis que permitem identificar o seu autor.
Tradição, inovação e mudança de paradigma
Na galeria dos Bonecos de Estremoz é possível identificar um núcleo central de cerca de 100 figuras que são produzidas pelos barristas de hoje, à semelhança do que fizeram os seus antecessores, ainda que cada um lhe confira as suas próprias marcas de identidade. São os chamados “Bonecos da tradição”.
O trabalho de cada barrista não se esgota, porém, na feitura dos “Bonecos da tradição”. Por sua própria iniciativa, fruto de encomenda ou por sugestão de alguém, os barristas são levados a criar novas figuras que até então ninguém fizera. São aquilo que podemos designar por “Bonecos da inovação”, mas que respeitam o ancestral processo de fabrico dos Bonecos de Estremoz.
Bonecos de Estremoz - Património Cultural Imaterial da Humanidade
Cada boneco de Estremoz fala-nos de um contexto antropológico, social ou religioso. Fala-nos também do seu criador e dos sonhos que lhe povoam a mente. Fala-nos ainda das técnicas ancestrais que o artista popular domina e que lhe brotam à flor das mãos.
Cada boneco é fruto de uma relação de amor de quem procura fazer tudo a partir do nada que é a massa informe de barro. Todavia é também a expressão viva do ganha-pão diário de quem tem necessidade de assegurar a sua subsistência e a dos seus.
Cada boneco é um panfleto de cores garridas e de claridades do sul, próprias desta terra transtagana.
Tomar um boneco nas mãos é criar sinestesias que envolvem os nossos cinco sentidos. É como possuir uma bela mulher que nos enche as medidas e por quem sentimos exactamente o mesmo desejo da semente que fecunda a Terra-Mãe. Por isso, eu amo os Bonecos de Estremoz. Daí que tenha subscrito com alma e coração a sua Candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Um legado extraordinário


Ivone Carapeto (Advogada, Directora do jornal E, de Estremoz)
DR
Os Bonecos de Estremoz são agora não só nossos, mas também de toda a Humanidade. Assim o decidiu no passado dia 7 de dezembro, na Coreia do Sul, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Partilhar com o mundo esta herança é um feito que não pode ser subestimado, pela imensidão das potencialidades que se abrem para o concelho, e foi liderado pelo município, como devia ser. Será esta a indelével marca que este executivo vai deixar para o futuro, sendo agora também responsável por lançar as bases para a sustentabilidade desta arte tão nossa, agora universalmente reconhecida e acarinhada. Mas esse é um trabalho de todos e onde todos devem ser escutados, principalmente os mais envolvidos, sejam os artesãos, sejam os estudiosos que a ela se têm dedicado, sejam os que a têm colecionado e preservado. Saber escutar é uma humildade que exige muita sabedoria. A chancela da UNESCO é um passo de gigante dado no sentido da salvaguarda e transmissão desta arte do figurado em barro de Estremoz e é agora o tempo de concretizar os planos para efetivamente ser garantido esse sonho maior, mas também para tornar este ativo que é cultural, também num ativo económico, sem nunca trair a sua alma e essência.
O sentimento de orgulho e a emoção que uniu todos os estremocenses é, na verdade, o reflexo da imensa honra de participarmos, porque estamos vivos, num prémio que sabemos ter atrás de nós muitos que, pela sua dedicação e criatividade, lhe deram corpo e tornaram possível um momento então nem sonhado. É agora nossa responsabilidade que também no futuro perdure esta distinção que tanto nos identifica e nos distingue.
Vamos então fazer por bem prestar o merecido tributo a quem tanto o mereceu e bem contar a história dos nossos Bonecos e deixar que eles falem, através dos tempos, daquela que foi a nossa história.
Neste número tão especial, o E’ dedica-se quase exclusivamente a este brilho que agora nos ilumina. É um legado extraordinário.

Ivone Carapeto
Advogada, Directora do jornal E, de Estremoz
(Texto publicado no jornal E nº 189, de 14-12-2017)


Hernâni Matos

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

BONECOS DE ESTREMOZ - A minha crença numa candidatura vitoriosa


Hernâni Matos no Museu Municipal de Estremoz. Fotografia de Armando Alves.

Nunca vendi gato por lebre
No Franco-Atirador de 12-01-2017 (Jornal E nº 168), tive oportunidade de afirmar: “Como coleccionador e como investigador da barrística local, amo os bonecos de Estremoz e subscrevo desde a primeira hora, com alma e coração, a sua Candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Esta candidatura foi em devido tempo apresentada pelo Município, seguindo todos os trâmites legalmente previstos e contando com a assessoria técnico-científica de Hugo Guerreiro, Director do Museu Municipal, que ali tem desenvolvido um trabalho notável.”
No Franco-Atirador de 09-02-2017 (Jornal E nº 170), reiterei a minha confiança na vitória da Candidatura, quando acrescentei: “A fundamentação rigorosa da Candidatura, concedeu-lhe solidez e peso e consequentemente credibilidade, respeitabilidade e vigor, que a meu ver são condições não só necessárias como suficientes, para que seja uma Candidatura vitoriosa.”
No Franco-Atirador de 12-01-2017, acrescentei ainda: “No presente, o figurado de Estremoz além de figurar no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial, já tem a sua Candidatura entrada na UNESCO, como se pode concluir por consulta do respectivo website.
O Museu Municipal de Estremoz é actualmente Centro UNESCO para a Valorização e Salvaguarda do Boneco de Estremoz e no início do mês passado, estiveram em Estremoz representantes da Federação Portuguesa das Associações, Centros e Clubes UNESCO, para assinatura de um Protocolo de Parceria Estratégica, no âmbito do Centro UNESCO, para a valorização e salvaguarda dos Bonecos de Estremoz.
A decisão da UNESCO relativamente à Candidatura apresentada pelo Município será conhecida em finais de 2017.”
No Franco-Atirador de 09-02-2017, profetizei ainda: “A inclusão dos bonecos de Estremoz na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, será o corolário natural de toda uma Candidatura que tem sido desenvolvida com rigor e traduzir-se-á numa maior divulgação, valorização e reconhecimento a nível planetário do nosso figurado.” 
Aviso à navegação
Terminei o Franco-Atirador de 12-01-2017, denunciando publicamente determinado tipo de postura que procurava denegrir a Candidatura. Para tal, afirmei que: “O noticiário do Município tem divulgado publicamente todas as etapas do processo e a imprensa tem feito a divulgação das mesmas, o que posso confirmar, já que sei do que estou a falar. Daí que não perceba quais as reais intenções de quem na imprensa local, pareça querer pôr a Candidatura em causa, ao afirmar que “Em Estremoz … não se sabe ao certo”. Quem tem acompanhado os noticiários do Município e a imprensa local, regional e nacional, sabe. Quem não sabe e fala do que não sabe, fica mal na fotografia.”
De resto, denunciei igualmente na imprensa local, a crítica negativa que foi feita ao Município de Estremoz, por não ter querido integrar a Associação Portuguesa de Cidades e Vilas Cerâmicas, a qual faz parte da Associação Europeia de Cidades Cerâmicas, que pretende candidatar a cerâmica a Património Cultural Imaterial da Humanidade e criar uma denominação de origem geográfica protegida do sector.
Teria sido um erro histórico se o Município de Estremoz tivesse participado naquela Associação, onde pontifica a CENCAL (Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica) das Caldas da Rainha, criado em 1981, visando a formação profissional na área da cerâmica, mas que desde 2011 se estendeu ao sector do vidro.
Felizmente que o Município de Estremoz teve a percepção que a participação na referida Associação não fazia sentido, uma fez que o figurado em barro de Estremoz tem uma manufactura “sui generis” que a distingue e valoriza face a figurados como os de Barcelos, Mafra ou Caldas da Rainha, para não falar de outros. Para além disso, a meu ver, a Candidatura tanto da associação portuguesa como da europeia, carecem de qualquer sentido, uma vez que os produtos cerâmicos têm a ver com a identidade cultural local. Basta pensar na diferença que há entre as olarias de Estremoz, Nisa, Ribolhos e Barcelos.
Moral da História
Quando assisto a alguém que se arvora a falar daquilo que não sabe, porque não sabe mesmo ou como também é o caso, se encontra obliterado pela cegueira política, fico “piurso”, pelo que retirando um projéctil verbal da minha cartucheira de rifões, disparo à queima roupa:
- QUEM TE MANDA A TI SAPATEIO, TOCAR RABECÃO?

sábado, 9 de dezembro de 2017

Bonecos de Estremoz vistos por estremocenses


Primavera. Oficinas de Estremoz do séc. XIX.
Colecção Júlio dos Reis Pereira. Museu Municipal de Estremoz.
ÁLVARO BORRALHO (Sociólogo)
- Bonecos de Estremoz: não há identidades puras (Jornal E nº 199, de 03-05-2018)
ANTÓNIO SIMÕES (Professor e poeta)
- Bonecos e Artesãos de Estremoz (Jornal E nº 196, de 22-03-2018)
ARMANDO ALVES (Pintor)
Bonecos de Estremoz (Jornal E nº 190, de 28-12-2017)
DIOGO VIVAS (ARQUIVISTA, DOUTORANDO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO)
FRANCISCA DE MATOS (Professora)
E depois da classificação? (Jornal E nº 194, de 22-02-2018)
HERNÂNI MATOS (Coleccionador e Investigador da Barrística Popular Estremocense)
Bonecos de Estremoz na Assembleia da República (Jornal E nº 189, de 14-12-2017)
Eu e os Bonecos de Estremoz (Jornal E nº 190, de 28-12-2017) 
- Más-línguas contra a imprensa local
 (Jornal E nº 190, de 28-12-2017) 
- BONECOS DE ESTREMOZ - Semear para colher
 (Jornal E nº 191, de 11-01-2017)
IVONE CARAPETO (Advogada, Directora do jornal E, de Estremoz)
Um legado extraordinário  (Jornal E nº 189, de 14-12-2017)
Senhor Doutor Hugo Guerreiro, sinta-se condecorado! (Jornal E nº 192, de 25-1-2018)
MANUEL XAREPE (Antropólogo)
MARGARIDA MALDONADO (Educadora de Infância e Pintora)
Os bonecos de Estremoz (Jornal E nº 191, de 11-01-2017)
OTELO LAPA (Director de Cena da Fundação Calouste Gulbenkian)
Bonecos de Estremoz (Jornal E nº 197, de 05-04-2018)
RITA RATO (Deputada estremocense do PCP)
- BONECOS DE ESTREMOZ - Orgulho e importância
 (Jornal E nº 190, de 28-12-2017)